sábado, 27 de novembro de 2010

Carta a Filemom




"Peço-te por meu filho Onésimo, que gerei nas minhas prisões;" Filemom 1:10


O evangelho, sem nenhuma dúvida sempre causa resultados surpreendentes. Quando o homem resolve crer no poder do evangelho, colhe frutos para a vida eterna. Não existe recompensa maior do que poder contar com os grandes feitos de Deus, resultados promovidos pelo Espírito Santo, através do evangelho.
O mundo esta para o evangelho como o evangelho esta para o mundo, um combina com o outro, como o café com o leite e como o feijão para o arroz. Porém esse fator preponderante é o que muita gente não conhece e está longe de conhecer, seja aqui ou ali, o certo é que o mundo sem o evangelho caminha de mal a pior e o evangelho sem o mundo é como que se nada tivesse sentido. Dizem e é verdade que no céu para onde todos os salvos pelo evangelho irão, não será preciso prega-lo a ninguém, uma vez que lá não haverá essa necessidade. É aqui que gostaria de enfatizar o quanto é importante se conhecer a verdade, a fim de que por ela todos que nesse mundo vivem se libertem de suas mazelas.
Será uma prostituta que deixará aquela vida e se entregará totalmente nos braços de Jesus; um viciado em entorpecentes que dependerá exclusivamente do Senhor; um alcoólatra que passara a beber somente da água da vida; um abandonado que achará a paternidade eterna que jamais o deixará. Essas peculiaridades somente terão efeito se o evangelho for pregado com eficiência por todos aqueles que um dia ouviram e aceitaram a grande proposta divina de vida eterna.
O evangelho une as pessoas e cria entre elas vínculos para toda vida. Chamamos esses vínculos de laços de amizade, onde sua essência esta baseada na sinceridade e fidelidade entre ambos. O companheirismo torna-se algo concreto e duradouro, vai além de uma singela amizade. A amizade oferecida pelo evangelho produz a argamassa do amor que serve como rejunte que une os tijolos, um a um, até que na sua proporcionalidade construirá um grande muro que protegerá o mais frágil entre os homens. Não temos idéia da grandeza que o evangelho produz. O efeito da cumplicidade passa a ter um valor inestimável a ponto de transformar vidas e mais vidas, pois o amor de Cristo, no evangelho, faz toda a diferença.
Paulo compreendeu bem sobre esse assunto e por isso vemos que ele intercede em favor de seu mais novo amigo. Onésimo já não é um escravo qualquer, agora ele esta respaldado no grande amor de Cristo. Sua vida tem sentido, tanto que o “fujão” retorna para seu senhor sem temer coisa alguma, pois tanto ele como Filemom tem algo que os iguala. Só o poder do evangelho pode fazer o que para o mundo é algo impossível.
Vemos que Paulo não estava preocupado com o que Filemom iria pensar, mais seu interesse era o bem estar de seu irmã em Cristo, Onésimo. Isso prova que amizades baseadas no evangelho são significativamente importantes para todos que nele vivem.
As igrejas de hoje precisam acordar para essa verdade, precisam colocar na balança o que de fato tem sido feito para que vínculos de amizades se mantenham como chama ardente e rica em calor humano, rica em amor constante e rico em comprometimento para com o próximo, sim aquele que está no mundo a espera que o evangelho faça toda a diferença, não só para ele, bem como para quem  anuncia.
  Não podemos deixar que essa chama que arde nos nossos corações se apague, precisamos nos empenhar em assoprar cada vez mais o fogo na fogueira, a fim de que incendeie o mundo todo. Diríamos que, o sopro é na verdade a intercessão que fazemos em prol daqueles que tem significado para nós, os quais amamos, não pelos interesses próprios, mais pelos interesses do autor do evangelho, o Nosso Senhor Jesus Cristo.

Carta a Tito


"Fiel é a palavra, e isto quero que deveras afirmes, para que os que crêem em Deus procurem aplicar-se às boas obras; estas coisas são boas e proveitosas aos homens." Tito 3:8

Se existe algo que satisfaz o homem é quando ele é valorizado por suas boas obras. Todos nós temos de alguma forma, necessidade de ajudar pessoas, sejam elas conhecidas ou não. Basta caminharmos por uma rua movimentada e achamos situações corriqueiras das quais podemos nos voluntariar em se envolver de maneira prática ajudando alguém. Seja um cego na esquina, uma senhora de idade avançada com sacolas nas mãos ou criança na eminência de um incidente ou acidente qualquer. O fato é que sempre há possibilidades de se praticar boas obras.
Olhando as boas obras pelo prisma de Deus, fica claro que praticá-las vai além de uma obrigação momentânea ou voluntária. Quando estamos seriamente envolvidos com o Reino de Deus, a pratica das boas obras se transformam em prazer e rítmo constante por fazer parte do dia a dia de todo cristão.
Quando lemos a carta de Paulo a Tito, observamos a ênfase que o apostolo dá para o ato das boas obras. Isso faz parte da disciplina da igreja, a vida cristã se evidencia pela sua maneira que se envolve com o cotidiano e conseqüentemente com a sua real necessidade básica. O assistir o próximo é assunto de qualquer cristão que se preze executa sem nenhuma restrição, podendo ajudar, de maneira alguma se negará.
Basta olhar para a vida da igreja e de pronto nota-se a urgência de boas obras. O corpo de Cristo tem sob sua responsabilidade acudir os necessitados de diferentes segmentos, como por exemplo: Homens e mulheres idosos, jovens e crianças, viúvas e órfãos desamparados, além das responsabilidades civis e sociais dos crentes com a sociedade em que vivem. A ética deve ser marca social registrada no meio da igreja sendo o testemunho pessoal que é a mola propulsora que arremete a igreja com a mensagem salvífica em direção aos não salvos que vivem por ai. A verdade é que as boas obras devem ser feitas de um modo ou de outro e se de certa forma não se tem escolha é melhor que seja feita com as melhores das intenções.
O evangelho deve ser pregado também com o propósito de que todos quantos forem salvos se ajuntem com aqueles que incluíram as boas obras como regra de vida dedicada e consagrada e que proporciona respostas a altura a todos quantos não só esperam, mais necessitam de tal ajuda. Ao contrário do que defendem alguns que a salvação vem pelas boas obras, no caso específico aqui, as boas obras são o resultado de uma vida salva, uma vez que praticá-las causam efeitos unilaterais, tanto nos que executam como nos que recebem.
Um outro fator importante que se deve destaque é que, a maior arma que o cristão praticante das boas obras tem é a ação imediata do Espírito Santo de Deus, o qual além de incentivar e instruir produz discernimento da necessidade, de maneira significativa, pois a Ele é dado todo poder para sinalizar a importância de tal ação.
Que eu e você prossigamos em praticar as boas obras a todo instante, seja onde for, lembrando que a aplicação se torna registro permanente em nossas vidas. Aproveitar as oportunidades é demonstrar que fomos regenerados e aprovados pelo Senhor, pois essas coisas são boas e proveitosas aos homens e é o que diz as Escrituras Sagradas.