sábado, 10 de abril de 2010

Carta aos Gálatas

"Estai, pois, firmes na liberdade com que Cristo nos libertou, e não torneis a colocar-vos debaixo do jugo da servidão." Gálatas 5:1

Que bom é quando de alguma forma descobrimos nossas origens, através de nossos tataravôs, bisavôs, avós, onde eles moravam, quem eles foram e o que faziam. É bom saber também que nossos pais procuraram seguir as tradições da família, quer seja materna ou paterna, ainda mais quando tais fatos estão registrados em fotos ou inventários e patrimônios.


Quando olhamos para as Escrituras Sagradas aprendemos que, quando nós tornamos filhos de Deus por meio de Jesus Cristo, somos levados a observar a história dos filhos de Deus, que dentre muitas outras histórias, há uma série de situações que devemos atentar, como por exemplo, a tradição judaica.

O que muito se erra é quando queremos ultrapassar nossos limites e trazer essa tradição para nossa realidade de vida, achando que assim (guardando a tradição do povo judeu) seremos mais crentes e conseqüentemente mais salvos do que aqueles que não guardam. Isso é um grande erro de interpretação e foi o que estava acontecendo com os gálatas convertidos ao cristianismo. Eles se viram iludidos com falsas doutrinas sobre uma tradição judaica, a da circuncisão, deixando-se levar por tal influência, achando que com isso teriam mais vantagens com Deus. Tais heresias chegaram a essa igreja através de falsos apóstolos e líderes religiosos que os influenciavam a tal situação.

Paulo escreve a carta para alertá-los a respeito, defendendo a liberdade cristã que vemos existir até nos dias de hoje. Todos nós temos tal liberdade quando de fato estamos em Cristo Jesus. Cristo nos libertou do julgo de escravidão e querer virar as costas para tal verdade, é simplesmente ignorar o sacrifício de Jesus na cruz do calvário.

Ao ler toda a carta, ficamos como que alertas sobre os perigos que os gálatas enfrentaram a respeito de tais desvios da doutrina dos apóstolos, as quais trouxeram prejuízos, muitas vezes desastrosos para suas vidas.

A exemplo disso temos a interpretação que nas tradições que procuram concorrer com os ensinos da Palavra de Deus, de que elas levam a prisões, que por sua vez, geram inconstâncias, indecisões e imaturidades, o que causará desequilíbrio a vida proposta que Deus tem para cada um de nós.

Se não vejamos, a conseqüência da inconstância produz erros irreparáveis, bem como vergonha e fraqueza espiritual, quando impede a caminhada com Cristo, pois ocasiona momentos variados no comportamento por não conseguir se ajustar a linha doutrinária das escrituras. Isso provoca insatisfação e vulnerabilidade quanto aos ataques dos inimigos.

Outra conseqüência é as indecisões, que divide o coração produzindo uma constante culpa e perdas, seja na área espiritual, emocional ou na física. As indecisões levam o homem a lugar nenhum, a não ser a estagnação.

Em razão de tudo isso, a imaturidade se torna visível àqueles que se apóiam a qualquer vento de doutrina, onde tem por base as tradições que são verdadeiros símbolos da religiosidade.

Tais práticas impedem que muitos recebam a Palavra de Deus como doutrina sólida, permanecendo no “leitinho espiritual”, deixando assim de crescer, isso produz instabilidade na fé e permite que falsos ensinos aprisionem seus seguidores a princípios básicos, mantendo-os lá por muito tempo.

Quando fazemos uma analise séria sobre a verdadeira liberdade cristã, compreendemos quem somos no reino de Deus e para onde ele quer nos levar. Poderemos observar corretamente que não devemos sair do caminho proposto, pois qualquer que seja a quantia de fermento que caia na massa a levedará completamente.

Que a nossa justificação venha sempre da fé no filho de Deus; que nosso espírito lute contra a carne na certeza de vitória, uma vez que as obras da carne sempre excluirão o reino de Deus; que o fruto espiritual seja o sinal de crescimento, o qual produz constância, decisão e maturidade, a fim de ajudar nas cargas uns dos outros através de humildade, confiança, exame de consciência e benevolência.

Para terminar, o destaque fica em que, a doutrina dos falsos mestres se gloria nos ritos cerimoniais e nas marcas da carne, enquanto que a doutrina de Paulo se gloria na cruz e nas marcas do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Amém!

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