sábado, 29 de maio de 2010

Carta aos Filipenses

"Porque para mim o viver é Cristo, e o morrer é ganho." Filipenses 1:21

O versículo acima é declaradamente uma excepcional proclamação que Jesus Cristo fazia toda a diferença na vida do Apostolo Paulo. Só quem realmente viveu experiências significativas como ele, pode declarar com tanta veemência tais palavras. Lembrando que Paulo ao escrever a referida carta estava em um calabouço, preso e acorrentado, expressando a sua vontade de partir, a fim de estar com Cristo. (vv1:23).


Partindo desse pressuposto, podemos notar que apesar dele estar enfrentando lutas terríveis de injustiças e perseguições (apertos), consegue arrancar forças de seu interior, não para lutar contra o sistema duro e sarcástico que o oprime, mas para dar incentivo aquela igreja de Cristo. Onde muitas vezes se olha um terreno seco e sem vida, Paulo conseguia enxergar uma terra boa para se plantar e colher. Onde encontravam motivos, muitas vezes até convincentes para desistir de caminhar, se vê que ele caminha sem desistir mesmo estando com suas pernas amarradas em troncos.

Essas estranháveis atitudes do Apostolo tem motivo, sem dúvida, sendo Jesus o motivo maior que manifesta força e garra naquela vida, que por sinal, a força e garra é transferida por ele aos filipenses. Paulo demonstra com a carta, através de sua humildade, amor fraternal, como a de um pai em relação aos seus filhos. Algo explicável, uma vez que ele exterioriza gratidão e alegria a seus irmãos na fé, principalmente por eles existirem.

Através de um discurso unicamente voltado para a pessoa de Cristo, faz lembrar que o Senhor da Glória se fez homem que viveu entre eles, cresceu e morreu, e não foi uma morte qualquer não, foi morte de cruz, morte essa que para os judeus era sinal de desprezo e vergonha. O que na verdade Paulo quis dizer com tais palavras era que, muitas vezes as circunstâncias, sejam elas boas ou ruins, não podem determinar o futuro de alguém, mais sim, leva-as entender que em tudo sempre existirá um porque.

A mensagem central da carta indica a todos nós que embora passamos por lutas, que parecem nunca nos deixar e que causam feridas, dificuldades, decepções, tristezas, medos, angústias, desânimos etc., indica que temos que vislumbrar o sacrifício de Cristo naquela cruz e compreender que, nada pode se comparar ao que enfrentou o nosso Senhor naquele terrível dia, isso tudo por causa de nós, pois nele nada foi encontrado que pudesse condená-Lo.

Se a mensagem central é Cristo, podemos afirmar que o tema dessa mensagem é Vitória. Cristo venceu a morte, Ele ressuscitou no terceiro dia, Ele vive e reina com o Pai, sua luta teve um fim, não um fim em si mesmo, mais um fim que nos dá um novo começo, começo de trilhar novas experiências, novas expectativas, novos contextos de vida, contextos que nos proporcionarão alegrias e propósitos eternos.

É claro que Deus cuida de nós a cada momento e ao lermos essa carta, cremos que os fatos narrados nela são verdadeiros, pois podemos perceber que Jesus nos delegou vitórias em meio as nossas lutas do dia a dia, permitindo que vivamos dia após dia, no gozo e no canto de vitória, seja na oração, no evangelho, na comunhão cristã, nos sacrifícios pela causa, no Senhor e no cuidado de Cristo pela igreja.

Há um chamado que prende a nossa atenção, que olhemos atentamente para Cristo sempre, seja no relacionamento com a família, no emprego, na escola, com os vizinhos, com os amigos e com inimigos, seja com quem for e aonde for, importa que Cristo seja a nossa inspiração, pois Ele é a fonte do fruto espiritual, tema da nossa pregação e a motivação maior do serviço cristão, bem como o único espírito e exemplo de perfeição.

Talvez passamos passamos hoje por problemas e dificuldades, mas um dia nós cremos que Jesus sinalizou para nossa vida e nos deu esperança. Saibamos que Ele tem cuidado de nós e sempre desejará fazer isso. Deixemos que a vida Dele seja um exemplo na nossa, descubramos o quanto existe de potencial guardado por Ele nos esperando, a fim de darmos um grito de vitória. Deixemos que as palavras de vida inseridas na Bíblia falem ao nosso coração, olhemos o que motivou os filipenses e vivamos a nossa vida com os olhos de Cristo, vamos dar um passo de fé e prossigamos em caminhar entretidos apenas no que interessa, deixando de lado tudo aquilo que tem impedido de olharmos para o Senhor Jesus.

Para terminar, andemos como Ele andou e prosseguimos em ser identificados como sua igreja, hoje e sempre.

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